A dura missão de informar em 2020!

             Estamos vivendo o ano que não existiu pois, com certeza, será desta forma que no futuro, a história, se referirá ao ano de 2020. Graças a um microrganismo, que  não tem atividade metabólica, exceto dentro da célula, não capta nutrientes ou utiliza energia e nem sequer é capaz de atividades biossintéticas fora da célula viva do hospedeiro mas, sendo um morto-vivo, desperta com agressividade assustadora, quando encontra um ambiente propício, que graças a nossa condução específica, aos olhos, boca ou narinas, sobrevive, mata e, segue em busca de novo transporte, que possa conduzi-lo a outros hospedeiros.

                Feito o aparte, ficam as considerações interessantes, sobre quão grande precisa ser uma ação ou problema, para desnortear o aferrado e prepotente "ser humano”. O coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença Covid-19, colocou de joelhos toda medicina, ciência, cultura, religião e dizimou a fé dos tantos "pastores" que curavam até online, todos males, com uma lista inimaginável de opções de cura, com águas benzidas, óleos ungidos, lenços abençoados, entre outros. Bastou surgir a Covid-19, todos, misteriosamente, desapareceram.

                 Os inadiáveis trabalhos, perderam a urgência. Os shows de artistas famosos, que faziam plateias delirarem pela simples aparição em um telão, perderam o glamour. Os clássicos futebolísticos e seus jogadores famosos, viraram mera lembrança. Os abraços, nunca dados antes, seja pela falta de tempo ou pela desimportância do gesto, ganharam conotações de necessidade, como se tivessem, agora, o poder de curar a alma. As rodovias, portos e aeroportos, antes, símbolos de movimento, de poder, de vida...esvaziaram-se. E, as almas, muitas vezes, distantes até mesmo do próprio corpo, de repente, apenas elas e os pensamentos ficaram livres. Os corpos já não podem mais se tocar e até os sorrisos foram extirpados de nossas faces, pelas máscaras que ocultam metade de nossas feições faciais e chegam a causar hipercapnia, por respirarmos, dentro delas, os gases expelidos segundos antes, por serem tóxicos ao organismo.

              Talvez, dizer que 2020 foi o ano que não existiu, seja uma forma leniente de se referir ao espaço de tempo, mais devastador de toda humanidade, que embora (acreditamos) que não mate fisicamente os 60 milhões da guerra nazista, perduram seus efeitos colaterais, que matam o psicológico, pelo medo do contágio ou pela fome, causada pena inanição da economia e consequente escassez de alimentos de suas formas de aquisição. Por curiosidade, o Homo sapiens surgiu na África Oriental cerca de 300 mil anos atrás, depois se espalhou para o leste do Mediterrâneo em torno de 100 mil a 60 mil anos atrás e pode ter chegado na China há 80 mil anos, mais ou menos. por ironia do destino, a origem do vírus remonta ao local da origem da humanidade, da forma que conhecemos hoje. 

           Numa comparativo mortal, calcula-se que na Segunda Guerra Mundial, período do Holocausto, morreram cerca de 60 milhões de pessoas durante todo período e foi o maior conflito da humanidade (1939 a 1945), acontecendo em diferentes locais da Oceania, Ásia, África e Europa. E, temos ainda tragédias em massa, durante as Conquistas e invasões mongóis (1206-1324), com cerca de 40 milhões de mortes. A Guerra dos Três Reinos ( 184-280), com cerca de 36 milhões de mortes.

            Mas, nem mesmo as tragédias mundiais das guerras ou o Holodomor, com seus 7 milhões de mortes, por exemplo,  que é uma palavra ucraniana que quer dizer “deixar morrer de fome”, “morrer de inanição” (1931-1933), nem o terrível vírus Ebola, que teve uma taxa geral de mortalidade de 66%, assustou tanto, quanto estamos aterrorizados agora, pelo simples motivo, que todos esses genocídios estavam geo localizados e, teoricamente, não eram diretamente conosco.

              Agora é conosco, com nossos parentes, com nossos amigos, com nossos vizinhos, com nossos desafetos, com nossos concorrentes, com nossos...semelhantes, com todos! Ah, também é, como o 1º mundo, com os Estados Unidos da América, com a poderosa Rússia e com a rica Europa. Com nunca antes na história, um simples, invisível e sem-vivo micro-organismo, conseguiu igualar todos, infelizmente, por baixo. Estamos vivendo um ano que não existiu.... a superioridade do comunismo, do parlamentarismo, do presidencialismo, do reinado e, nem do capitalismo.

              Estamos vivendo sem viver, parece redundante, mas não é, apenas possuem imunidade os frentistas, os funcionários de farmácias ou de supermercados, os caminhoneiros, bombeiros, policiais e outros raros privilegiados pela OMS, pelos políticos ou pela justiça, que continuam trabalhando de máscaras intransponíveis pelo vírus. Aos outros comerciantes profissionais liberais, nem a máscara os imuniza, pobres mortais. 
                 Neste ano que não existiu de verdade, os profissionais de imprensa, viraram alvo predileto dos políticos, dos militantes de centro, de esquerda e de direita, graças Deus. Porque, sendo assim, nem precisa justificativa ou argumentos... a imprensa tem razão! Desagrada com a verdade ou com a simples notícias, gregos e troianos. Basta dizer, basta contar, que o tema passa a ter a credibilidade, por ter sido citada por um jornalista. Alguém que não tem lado, pode ter partido, mas não tem militância, alguém que são como os produto químico denominado revelador, soluções alcalinas à base de metol e hidroquinona que por meio da reação de óxido-redução conclui a transformação dos haletos de prata, contidos no filme fotográfico, em prata metálica, revelando o filme, mostrando a imagem. Ao jornalista cabe desnudar, desempanar, como dizem os argentinos, cabe-lhes, informar. A opinião, fica por conta do ouvinte ou telespectador.

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